Sobre decidir...

Existem coisas na vida da gente que se não dermos o primeiro passo, nada irá acontecer. E é engraçado que exatamente quando damos o primeiro passo, surgem os primeiros empecilhos. Vou dar o exemplo do que estou fazendo exatamente agora. Há vários dias tenho tido uma idéia fixa de que para divulgar o meu trabalho como terapeuta teria que fazer um vídeo para poder me apresentar, hoje tomei coragem e comecei, mas, para minha surpresa, o pacote office do meu notebook expirou e teria que comprar o serviço por mais um ano, e vou ser sincera, pagar pelo pacote office não estava nos meus planos (financeiros rsrs), então decidi anotar todos meus pensamentos no Bloco de Notas, pois não estou mais em condições de desistir na primeira tentativa. Deve ter alguém me testando, então sigo em frente. Obrigada Bloco de Notas!

Sobre dar o primeiro passo, já faz algum tempo, que sou formada em Psicologia e tenho um anseio em exercer efetivamente essa profissão. Atualmente trabalho em Recursos Humanos, iniciei na área há 15 anos atrás, nunca deixei de me atualizar e me aprofundar em alguns assuntos que me atraem mais, pois a área de Psicologia é muito rica e diversa. As teorias de Jung me atraem um pouco mais, gosto do método psíquico analítico, o lado místico, a Importância da Intuição na Psicanálise, o Valor da Sensação, do Sentimento, tipos de perfis Introvertido e Extrovertido, a questão do Ego, o fato de Sermos todos Criaturas conectadas, as Máscaras que assumimos para sermos aceitos, a Dualidade da Vida, os Arquétipos, a Formação dos Complexos, O papel Central da Libído, a Transferência, e por aí vai...

De alguns tempos para cá, sendo mais específica desde que meu irmão amado Washington se foi deste plano, vítima de uma doença muito triste chamada câncer, passei a ter uma curiosidade muito grande em torno do por quê as pessoas adoecem? Quando passamos por esse processo doloroso de tratamento de câncer de um ente querido, nos sentimos impotentes querendo ajudar de alguma forma, mas não víamos resultados e nos restava somente rezar, nos apegar em nossa fé e aceitar. Eu aceitei que ele se foi, mas não aceitei que a doença não tinha cura, pois sempre vi que algumas pessoas se curavam e outras não, queria saber o que levava algumas pessoas a se curar, isso passou a ser uma missão para mim, não uma missão para provar nada, mas uma missão de amor, para poder ajudar outras pessoas que passam e que passarão por situações semelhantes a esta.

Desde então me dediquei e me dedico a estudos relacionados à Psicossomática, Linguagem do Corpo, Terapias Holísticas, Espiritualidade, Coaching, Meditação e Respiração.

Quantas coisas aprendi, compreendi, vivi e vivo na prática desde que venho absorvendo todos esses conhecimentos compartilhados por professores, autores de livros, profissionais diversos, mestres espirituais, familiares, amigos próximos e pacientes/clientes/assistidos, durante esse processo de autoconhecimento.

Recentemente passei novamente por um processo semelhante ao que vivi com o meu irmão, por que digo semelhante? Porque pude desta vez ver a cura, além de ter fé, rezar e aceitar, eu me senti preparada para agir junto com o meu marido. Ele teve um diagnóstico de câncer e hoje se encontra curado, graças à Deus e toda Sabedoria e Conhecimento que Ele compartilhou com muitos de seus filhos, filhos esses que passaram pelo meu caminho e eu pude conhecer e me conectar com eles para aprender o que fosse necessário para poder auxiliar o meu marido neste processo. Sei que muitas pessoas irão dizer que é muito mais fácil para mim que sou psicóloga, mas não é bem assim que funciona, lembro que nunca disse o que ele tinha que fazer, eu simplesmente praticava o que eu ia aprendendo e compartilhava com ele os meus resultados, que para ser sincera não eram resultados imediatos no começo. No início ele via a minha dedicação para comigo mesma e se sentiu atraído por isso e passou a praticar também as técnicas e conhecimentos que eu vinha aprendendo.

Foi um processo delicado, rápido, porém de grandes aprendizados que queremos compartilhar com quem for preciso. Durante o período em que fui suspensa de minhas atividades onde trabalho por causa da pandemia do COVID 19, me inscrevi em um curso de Formação de Humanoterapeuta, ali vi meu chamado, o meu coração pulsou e pulsa forte sempre que estou conectada com as técnicas desta terapia, que por incrível que pareça, envolve tudo o que tenho aprendido durante anos, foi como se eu tivesse pego a chave que faltava para abrir as portas para a minha missão de vida. A cada dia que passa me sinto cada vez mais impulsionada para atender e ajudar mais e mais pessoas. Por esse motivo, decidi dar um passo importante na minha vida e me permiti abrir um espaço, simples, mas, essencial para os atendimentos terapêuticos. Daí vem a história ou melhor uma metáfora que gostaria de compartilhar com vocês...